segunda-feira, 11 de junho de 2007

Embarques e desembarques

Dentre os corredores
A cada canto da estação
Entre embarques e desembarques
Saudade

Bem lá fica mais um pedaço do eu
Que escondido no vagão quase nunca torna
Perdido com seu itinerário distorcido
Da janela não se destingue as pautas das cores
Da janela não se percebe mais as cores

Do outro lado vê-se olhares infindos
Despedidas que se pausam
Despedidas tão longas, quase intermináveis
Sorrisos seguidos ambos pela tristeza e alegria
Abraços que por pouco não vem a ser os últimos

Dentre tantos que se partem
Dentre tantos que ficam
Todos uma nova divisão de sentimentos
Saudade!
L.C

[Feliz... Sono... Quebrada... Meio Perdida... Faminta... Água...]

8 comentários:

Jana disse...

Belos versos...

beijos

Mila Cardozo disse...

Intenso, realista e reflexivo... vou digerir primeiro...
Beijos Mila

Carmim disse...

Entre partidas e chegadas.
Entre a vida que corre apressada e os dias que não passam.
Entre a falta que se sente de quem está a Km de distância, e até falta de quem está ao nosso lado.
Entre todos os sentimentos e vontades, uma palavra comum: SAUDADE.

Saudade do que foi e do que é. Até do que pode vir a ser. Saudade como um desejo incontido de algo que nos faz falta, como um pedaço que nos falta.
Costumo dizer que nasci com uma alma saudosista, talvez seja a herança genética portuguesa, ou apenas a alma incompleta mesmo.

Amei os teus "Embarques e Desembarques". =)

Beijos

João Antônio disse...

Sem palavras...

Vivo de saudades,
uma saudades que me agarra, aperta o coração e inspira num sorriso de tristeza e alegria ao mesmo instante
Muito Lindo mesmo o poema, tenho alguns também

bjos

ah, certamente, suas qualidades são completamente superiores aos seus defeitos.

Nomundodalua disse...

embarques e desembarques..lembrei de uma musica, encontros e desencontros, acho que leoni ou paulinho moska..um dos dois!

interessante ..
pois eh, quem flw q viver eh facil neh? :)

namastê
boa semana procê
x*

Melissa disse...

Já disse Vinícius de Moraes...
"A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida! "
:)

Anna Flávia disse...

É o que mais sobra nessas divisões, saudade.

Beijo

Lis. disse...

Hoje, pegamos um tema pesaroso e sentimental, tal como é a saudade, e o poetizamos. Saudade era um sentimento desconhecido enquanto estradas não eram abertas segundo Freud. Hoje, além das estradas há aeroportos onde por azar se vai muito mais além...

Requistos do modernismo...

Nesse ponto até pré-suponho que os índios morrem de velhice, bem mais do que nós os civilizados.

Cumprimentos...