quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Embarques e desembarques

Dentre os corredores
A cada canto da estação
Entre embarque e desembarque
Saudade

Bem lá fica mais um pedaço do eu
Que escondido no vagão quase nunca torna
Perdido com seu itinerário distorcido
Da janela não se destingue as pautas das cores
Da janela não se percebe mais as cores

Do outro lado vê-se olhares infindos
Despedidas que se pausam
Despedidas tão longas, quase intermináveis
Sorrisos seguidos ambos de tristeza e alegria
Abraços que por pouco não vem a ser os últimos

Dentre tantos que se parte
Dentre tantos que se ficam
Todos uma nova divisão de sentimentos
Saudade

Lua.C

Porque amor? ...Pra que amar?

Porque amor?
Pra que amar?
Amar e amar e, sentir-se seguro.
Num pequeno movimento cair.
Algo que nem ao menos é concreto faz doer tanto.
Tanto que não há remédio nem tempo certo pra passar.
Sons que nunca fizeram parte dessa história.
Trazem todos os momentos de volta.
O vazio que permanece só para não deixar esquecer.
Esquecer que todo começo tem um fim.
Seja ele curto ou longo.

Porque amor?
Pra que amar?
Amar e amar e, sentir-se seguro.
Num pequeno movimento cair.
Sentir o prazer de se aquecer entrelaçado.
Agora só pra ter dias de chuva e noites de insônia.
O frio que anda no meio do caminho.
Esse faz sorrisos e suspiros desaparecerem.
Com ele vai bem mais.Mais além, tão além vai que vai.
A esperança de todo fim ter um recomeço.

Porque amor?
Pra que amar?
Amar e amar e, sentir-se seguro.
Num pequeno movimento cair.

Lua.C